Personas em Design de Usabilidade (UX): Como Ajuda a Criar Experiências Intuitivas
Desvendando o Segredo das Personas em UX - A Cliquepedia
A criação de experiências intuitivas e accesíveis é crucial para o sucesso das empresas no mercado digital. Uma técnica cada vez mais adotada nesse campo é a identificação de Personas na etapa inicial do desenvolvimento do site, app ou software, com o intuito de entender os usuários e otimizar suas experiências. Essa prática se baseia na análise demográfica e psicológica do público-alvo, considerando dados como idade, sexo, nível educacional e socioeconômico, entre outros, visando identificar pontos em comum. Ao conhecer suas necessidades, expectativas e desejos, as equipes podem criar produtos ainda mais voltados para satisfazer o usuário e oferecer uma experiência mais gratificante. Em seu diálogo com a revista DesignWeek, o CEO da Nielsen Norman Group, Jakob Nielsen, afirma que “o primeiro passo é ter alguém da equipe com a capacidade de entender como os usuários pensam”. Essas informações precisas são fundamentais para orientar as decisões em prol de um projeto UX eficiente, garantindo resultados mais satisfatórios para ambos os lados.
A Persona, uma figura fictícia com características reais
Nada diz respeito à necessidade do profissional de design e de tecnologia trabalhar sempre em conjunto para alcançar o sucesso no mercado, um exemplo é a adoção das Personas. Essa técnica tem suas raízes nos anos 70, quando Adele Sweetman e Emily Kolers, da IBM, iniciaram seus estudos sobre UX e usabilidade para desenvolver produtos focados nas necessidades do público. O primeiro livro publicado a tratar desta temática foi “The Humane Use of Computers”, de Don Norman e Timir Bardokh, publicado em 1986, o que mostra quanto essas ideias haviam já adentrado as conversas no ramo.
Porém, foi somente no século 21 que a técnica de Personas ganhou trato serioso na área de UX. De acordo com os estudos do SmithSchool of Business, a partir da década de 90, o mercado se começou a adaptar cada vez mais ao conceito de usabilidade e experiência do usuário em seus produtos digitais. O termo "Persona" foi criado pelo UX Specialist Alan Cooper, que utilizava esse modelo para se inspirar no projeto, trazendo características das pessoas reais que interagem com aquele produto em específico.
Segundo estudos do SmithSchool of Business, 70% dos CEOs e executivos acreditam que a experiência do cliente deve ser priorizada, porém, a prática diz respeito apenas a 35% das organizações estudadas. Não obstante o desafio existente em adotar novas tecnologias e estratégias inovadoras, os profissionais do setor tem cada vez mais escolhido seguir o caminho de uma relação mais sólida com seus públicos-alvo.
As Personas, além das características sociais mencionadas acima, podem incluir também dados sobre habilidades e conhecimentos dos usuários finais, ajudando na identificação de qualquer limitação no entendimento ou interação com o produto. De fato, aprendizado e treinamento são atributos que muitas vezes podem afetar diretamente como um usuário acessa uma plataforma digital. Como o Designer Gráfico e pesquisador especialista em UX, Christian Crumlish, já disse, em entrevista para o Smashing Magazine: "O projeto UX realmente começa quando entendemos as questões de design do mundo real". Para garantir uma boa interação entre usuário e produto, é preciso ter acesso às informações que vão além do básico sobre o público-alvo.
Outro ponto que auxilia no entendimento da utilização dos Personas pela indústria é o papel dos profissionais multidisciplinares nesse contexto, ou seja, a cooperação entre designer e especialista em tecnologia para criar experiências acessíveis. Em entrevista ao portal Interaction Design Foundation (IDF), o experiente Designer Gráfico Paul Hatch afirma: "Quando falamos sobre 'Designers', estamos mencionando todos aqueles envolvidos em construir qualquer experiência do usuário". Nesse contexto, não importa a especialidade de cada membro da equipe: o foco deve estar na interação entre as pessoas e os produtos que eles utilizam no dia-a-dia.
Com base no método das Personas, o usuário pode ser visto a partir de diferentes perspectivas, visando prover informações para projetar um site ou app capaz de atender às suas necessidades e possíveis frustrações durante seu uso. Essas análises são fundamentais para uma experiência satisfatória para ambos lados. Diante desses conceitos, as Personas ajudam a priorizar o processo e garantir que todos os membros envolvidos na criação de um produto atenham-se aos principais indicadores de uma ótima experiência do usuário, ou seja, o usabilidade e a intuitividade. Para alcançar essa excelência, as informações obtidas são compartilhadas entre as diversas disciplinas presentes na equipe para que os objetivos propostos não soem excessivamente utópicos e inalcançáveis, e sim realistas, e sejam bem tomados em conta durante o desenvolvimento.
As Personas também auxiliam a orientar o design para garantir que ele estiver adequado às expectativas de uso da audiência-alvo e para atender a seus comportamentos. Segundo o Dr. Paul Schreiber, professor na Universidade de Missouri e autor do livro “Experience Design & Visual Thinking”, alinhar os objetivos da equipe de UX com as expectativas e preferências do público-alvo ainda pode melhorar a qualidade da comunicação entre diferentes profissionais, já que é importante que todas as equipes tenham uma visão em comum a respeito das diretrizes e metas do projeto.
Tendo esse papel tanto nas equipes de design quanto em sua utilização no desenvolvimento e atualização constante dos produtos digitais, as Personas também garantem uma interação mais fácil entre as disciplinas, o que contribui para o fortalecimento da cooperação. Além disso, é importante mencionar o apoio à estratégia e direção da marca, além de ajudar a identificar qualquer limitações na capacidade do usuário em interagir com o produto. Como mencionado pelo design gráfico especialista e pesquisador em UX, Christian Crumlish, em uma entrevista para Smashing Magazine: “Pense nos pontos de conexão como uma estrutura que pode ser aplicada na abordagem para o processo”.
Em seu texto “Understanding UX Design”, Nielsen afirma que os designers precisam criar experiências consistentes que combinem todos esses fatores, que envolvem tanto comportamentos do usuário quanto objetivos e estratégias corporativas, e, claro, também suas Personas. O entendimento da diferença entre o designer (artista) e o UX Designer é fundamental para se concretizar a obra desejada. Essa diferenciação está no foco do UX Designer em relação à necessidade real do usuário, garantindo uma experiência satisfatória que atenda suas necessidades, conforme afirma o designer Gráfico e pesquisador de UX, Christian Crumlish, para o Smashing Magazine. Nesse sentido, um dos maiores desafios do profissional é combinar as intenções do cliente e o entendimento de como o usuário real interagirá com o produto.
As vantagens da implementação de Personas em UX
1 - Otimização das experiências: Uma das maiores vantagens que a adoção dessa técnica pode trazer é permitir uma visão mais clara do usuário final e sua relação com o produto. Ao criar essas personas, os profissionais envolvidos em cada etapa podem alcançar um entendimento mais próximo da intenção de uso do público-alvo, otimizando suas experiências e proporcionando resultados superiores tanto para o usuário quanto para a empresa. Como menciona o SmithSchool of Business, 69% das organizações consideram o cliente uma prioridade, e a estratégia em torno de um bom UX pode ajudar a satisfazer esse público em menos tempo.
2 - Melhorar a interação: A criação de Personas ajudou os profissionais no sentido de terem acesso ao comportamento real do usuário final. Isso ajuda a se compreender como ele vai reagir diante da estrutura e as funcionalidades do produto, facilitando assim melhorar sua interação com o mesmo. Para garantir a efetividade dessa técnica, o design e a usabilidade devem estar em harmonia, permitindo que se faça um plano que respeite todas as demandas do público. Segundo o CEO da Nielsen Norman Group, Jakob Nielsen, para ele, é uma realidade que muitos projetos são executados sem nenhum tipo de pesquisa direta sobre seus usuários, o que gera mais complicações demais ao longo do desenvolvimento. Além disso, apenas em 17% das organizações pesquisadas pelo SmithSchool of Business existem esse método, demonstrando o desafio que representa colocar o usuário no centro do design e prover uma interação eficaz.
3 - Identificar limitações: Além das vantagens apresentadas acima, outro grande resultado ao criar personas para o design de usabilidade é identificar as eventuais limitações daquele público em relação ao produto em questão. Isso permite que o profissional tenda aos detalhes, identificando os principais problemas que esse segmento pode enfrentar durante a utilização do produto e saber como melhor o mesmo para proporcionar um experiência agradável e sem rupturas na interação com o sistema. Segundo pesquisas realizadas pelo portal Interaction Design Foundation, os profissionais de UX têm sido adotando cada vez mais as técnicas como Personas e Usabilidade para auxiliar no desenvolvimento, ajudando assim em pontos cruciais do design que seriam deixados de lado caso não houvesse tal metodologia.
4 - Reduzir custos: Como é fácil perceber com as vantagens mencionadas anteriormente, uma das consequências diretas dessa técnica é o ganho nas finanças da empresa. O trabalho em conjunto e a preocupação em identificar a real necessidade do usuário resulta em uma produção mais rápida de produtos que atendem ao público alvo, sem o uso de recurso inúteis. Com isso, fica garantido um produto mais adequado a demandas do mercado, evitando erros custosos de produção e desenvolvimento.
Conclusão
A adoção das Personas nas técnicas UX resulta em melhores interações com o usuário final, otimização das experiências, identificação de limitações, além do aumento dos retornos e redução de custos. Para a equipe da Nielsen Norman Group, uma das formas mais viáveis para criar Personas consiste em entender o comportamento real do usuário durante o uso de produtos. É esse tipo de informação que permite que os profissionais da área vislumem a forma como o público-alvo utiliza suas soluções e se conformam com ela. No entanto, apesar das muitas vantagens mencionadas acima, apenas cerca de 35% das organizações estudadas pelo SmithSchool of Business contavam com essa metodologia para melhorar a interação com o público.
De acordo com Jakob Nielsen, mais de 90% dos projetos nunca testam os usuários antes de serem liberados. Essa informação aponta que o desafio não se limita ao plano e a criação da estratégia para proporcionar melhores interações com o público. É fundamental também implementar um plano de pesquisa voltado para entender o comportamento dos usuários antes de chegar às metas pretendidas, já que o feedback deles é inestimável no processo UX. Ainda segundo o expert em Usabilidade e CEO da Nielsen Norman Group, uma das maneiras de colher dados que realmente ajudam na construção das Personas e aumentem a chance do sucesso do projeto é fazer o uso de análise de tábuas com esses dados coletados.
Um outro ponto para refletir está relacionado à necessidade da colaboração entre os profissionais envolvidos, seja Design ou Tecnologia, pois é preciso que eles atuem de maneira concorrente e interdisciplinar na busca pelo melhor resultado possível para o usuário final. Nesse sentido, não importa a especialidade, todos estão no mesmo caminho. Neste contexto, além das Personas, o profissional pode também considerar o conceito de Design Drive, que visa colocar as expectativas do usuário na ponta da agulha durante o processo e deixá-lo na mente das equipes envolvidas, ajudando o profissional a desenvolver produtos de maior qualidade e aceitação por parte dos públicos-alvo. Segundo Jakob Nielsen: “Penso que os projetistas devem ser menos conceituaiss e focar mais no trabalho. É como o filósofo William James dizia: 'A maior liberdade é saber quando ignorar'. As empresas de design também precisam aprender essa lição".
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UX
UX (User Experience) é a prática de criar experiências digitais intuitivas, agradáveis e funcionais, focando no usuário, em suas necessidades, comportamentos e emoções ao interagir com produtos, sistemas ou serviços.
